Início do Conteúdo

No dia 27 de setembro é celebrado o Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), um dos maiores centros de transplantes do estado, entende a importância da data como uma maneira de disseminar mais informações sobre o assunto para que as pessoas se sensibilizem com a causa e pensem na possibilidade de serem doadoras.

Em agosto deste ano, foram realizados 57 transplantes, aumento de 23% comparado a agosto de 2023 (46). De janeiro a agosto de 2024 foram realizados 329 transplantes no HCPA, destes, 132 foram de córneas e 108 foram de rins. O Banco de Tecidos do HCPA tem auxiliado significativamente a diminuir a fila para transplante de córneas, sendo o Hospital de Clínicas responsável por 30% desses transplantes no Rio Grande do Sul. 

Estes números só são possíveis graças aos doadores, que além de manifestar a sua vontade, puderam contar com seus familiares para garantir que a doação acontecesse. Há dez anos, Kennya Mello Ilaria,  teve o seu desejo de ser doadora de órgãos respeitado aos 13 anos de idade, pois já tinha firmado este acordo com a família. “Eu não tive dúvidas do que fazer, pois ela já tinha comunicado a mim e aos irmãos que queria ser doadora”, explica Roselaine Santos Mello, mãe de Kennya. 
Outro tipo de procedimento é a doação intervivos, possível para rins, fígado e pulmões. Essa doação é prevista em  legislação e permite por exemplo que um parente doe parte do seu fígado  para outro. E foi o que aconteceu com Maria Eduarda Barragana Astrada, que recebeu um transplante de fígado no início de agosto, doado pelo seu tio materno Anderson Botelho Peres. O tratamento foi realizado devido a uma doença genética que foi diagnosticada tardiamente. Em ambos os casos, a empatia e o amor foram essenciais para que outras pessoas tivessem uma segunda chance.