Médicos e médicas que se graduaram na Faculdade de Medicina da UFRGS (Famed/UFRGS) de meados dos anos 1970 ao final dos 1980 tiveram formaturas peculiares, todas elas marcadas por protestos ou algum tipo de irreverência. Durante 17 anos, nenhuma turma escolheu, entre seus professores, um paraninfo, e muitas não tiveram homenageados. Na maior parte da década de 1980, os estudantes se negaram a usar a beca (toga) e a seguir o protocolo formal, promovendo solenidades irreverentes. Estes fatos, relacionados ao contexto da época - passando pelos "anos de chumbo" da ditadura militar e pelo início do processo de redemocratização do país - tiveram grande impacto, por acontecerem em uma das mais tradicionais faculdades gaúchas, onde as formaturas solenes possuem forte simbolismo como ritos de passagem e status. Em três anos ao longo desse período, as cerimônias oficiais chegaram a ser suspensas pela direção da faculdade, inconformada com a sequência de protestos.
Adamastor Pereira – Professor da Famed/UFRGS e cirurgião vascular do Hospital de Clínicas
1975: Dom Quixote, Sarmento Leite, sanitaristas mortos e uma mesa vazia
Valter Duro Garcia – Coordenador hospitalar de transplantes da Santa Casa de Porto Alegre
Clotilde Druck Garcia – Chefe do Serviço de Nefrologia Pediátrica da Santa Casa de Porto Alegre e professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA)
Gilberto Schwartsmann – Oncologista, professor aposentado da Famed/UFRGS e presidente da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
Júlio Conte – Psicanalista, dramaturgo e diretor de teatro
Microfone à disposição de integrantes de outras ATMs
Sessão de autógrafos com os autores de Beca, Canudo e Protesto